domingo, 27 de março de 2011

foi bom, oráculo

Essa semana eu tive a oportunidade de ser recebido pelo oráculo paulistano. Eu precisava muito e por isso usei pela primeira vez uma das visitas a que todos os moradores da capital têm direito. Eu não tinha amigos por perto, eu não tinha minha mãe em casa, eu não tinha o meu cachorro Mathias me lambendo os dedos dos pés, eu não tinha vivalma pra me indicar as portas com barras antipânico, então liguei pro Oráculo & Co. e agendei um horário com urgência. Foi ontem.

- Oráculo, eu não acredito em deus. O que eu devo fazer nas horas em que os desvarios exigirem a crença numa divindade?
- Faça uma tatuagem.
- Mas e depois, oráculo?
- Fume.
- Beber pode?
- Fume e beba sempre. E faça as tatuagens quando nada der jeito. Encare a nicotina e o álcool como santos da sua religião. A tatuagem é o próprio deus.
- Hum.