a saber: a escrita de quê? que coisa há de querer destaque e atenção, as coisas todas lá tão descansadas, que há de se querer letramento? um saco perdido o vento levando, em iguais proporções.
de resto, o gosto dos outros.
-------se tu me pergunta, eu digo: tenho incompletos trinta e três anos, os leucócitos empreitados com o sabe-se-la-o-quê. e todo dia eu faço quimioterapia pra me sair pedaço. pior de tudo é me aparecer ali esse bando de palhaço sem graça.
---acabei de hoje ter os próprios quinze anos e olha bem aqui embaixo, ei, esse pedacinho-eu, é esse carrinho de rolimão que mais me vai segurando. venho cá nesse shopping todo dia a olhar pessoas com pernas. é, eu acho bonito quando alguém tem pernas, a praticidade do ir e ir. vez ou outra eu meio vou, mas as rodinhas engatam aí param as locomoções gerais. Isso de ter pernas, ah, acho muito bonito mesmo. se vc me pergunta eu digo: passo dias e noites olhando cá de baixo o funcionamento de pernas todas, e são tantas a ir ir ir bonito. antigamente, no feto, eu tinha pernaszinhas duas, mas aí encurtou-se e o roli (o carrinho) consegue me levar até mesmo sem ficar tanto parando nem nada. pergunta demais é que eu acho chato, o povo me fazendo. um saco. se eu, ora, se eu nasci assim? ei, é não, é que eu virei amostra gratis pra saber dessa angulação como é , ei, é não, é porque eu vim testar como é que se sente o kinder ovo ainda dentro.pitoco é o caralho, desgrama.---
eu na verdade, se tu me pergunta eu digo, sou sem aquilo que me falta. e tenho que lamber tua língua pra escapar, seu gringo do inferno. agora vê se vai arrumar o que fazer. três horas da manhã e eu ainda aqui, nesses tamanhos de roupa.arrgh.
--- pois não, em que posso ajudar?