quinta-feira, 28 de agosto de 2008

a cerca

não é sempre que o pavão abre as penugens. mas de vez em quando,
ei, de vez.

um ente de espécie pavonivo há de ter lá suas imposições naturais, a ponto de fazer-se próprio em luxos, e cores, sem ter como ser diferente disso, justamente.

no mais, o eterno desconforto.



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o desconforto, por sua vez, há de ter seu próprio passo, enquanto condicionante: ritmo, voz, ação, feito o resto das coisas desprovidas de porquês, em exemplos, o azul do céu e o alaranjado das 5: os cabelos embranquecidos que me acompanham o casco e os sucos-de-caixinha sem açúcar.
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o açúcar, por sua vez, embranqueceu de tanto fazer o povo sofrer. (sobretudo os remotos índios e africanos)

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ademais, o povo sofre porque é da natureza do povo sofrer.


e todo o resto acompanha aquele cortejo de tango & frevo (o açúcar, o céu das 5, as caixinhas vazias)

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neon, as penugens abertas:


olhe pra mim:: deseje-me ardentemente:: queira meus genes junto aos seus - em perpetuações de nossas espécies, hun?:: olha minhas cores:: aqui, aqui:: olhe pra mim:: deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me deseje-me:: me-me
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