terça-feira, 17 de novembro de 2009

Eu ia atravessar o sinal, a marcha era a terceira, minha irmã, no banco de trás, gritou Vermelho, vermelho, aí eu parei. Meu sobrinho de 8 anos no banco de trás manteve silêncio. O resultado do fato não se via, não se expunha, mas num intervalo de 2 segundos o meu corpo passou a produzir certos hormônios que aceleraram meu batimento cardíaco.

Eu jantava na praça de alimentação do shopping. Havia um grupo numa mesa à frente. Os meus olhos insistiam em bater nos olhos de quem estava de frente pra mim, o que ocorria com tanta freqüência que eu me tornei piada para o grupo. Faziam frases sacanas envolvendo meu comportamento, diziam que eu paquerava o sujeito amigo deles. Eu só queria tomar a minha sopa, mas os meus olhos são desobedientes, e quando me escutam dizer Não olhem, fazem justamente o oposto. Os meus olhos sempre olham, mesmo que por trás, à revelia.

A tomada da universidade agora tem três entradas, por isso eu resolvi tirar o adaptador do carregador do meu notebook. Acharei finalidade pra ele. Senão, lixo.

O inadimplemento da obrigação se dá quando o sujeito devedor não cumpre o pagamento no momento previsto. Caso ocorra, pode o devedor responder por perdas e danos.

Corvo em inglês é Crow ou raven. Só sei que no poema ele diz Nevermore. E que o sujeito abre as portas e vê Escuridão, mais nada.

O Cobrador. Rubem Fonseca. Reler Feliz Ano Novo foi garantia de contentamento em meio ao caos regurgitante dos dias sem saída.