terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Verão Já

Olhamos ao longe, à distância de vários palmos à frente do nariz, estávamos vagarosos na estrada que nos levava pra lua, e de repente paramos, olhamos ao longe, à distância de um vôo breve.

Quanta praia que era. Tesouro descoberto. Mapa ideal.
Rochas amarelas que abocanhavam o roxo oceano das 5 horas. Alturas de prédios concretos, areias imóveis preparadas pelos séculos. Cada onda um filete branco tão convidativo quanto filetes brancos.
E tudo o que queríamos era mergulhar no contraponto daquele calor hipertenso de janeiro. O azul era tarde como as folhas secas de caju, tudo era dunas de uma floresta deflorada. A gente, descendente de índios, queria água, banho, brincadeira, preguiça, doce de leite e rede.

Eu quero ir à praia ver a tarde amolecer. Potiguar um pouco mais.