Um dia, janeiro de 2006, ela me disse assim:
"No dia em que eu me sentir menos perdida, não tão insone e mais entusiasmada, inventarei um prêmio intitulado 'Uso de Palavras com Peculiar Propriedade' e você vai ganhar ele inteiro. Por ora, só simples assim - Obrigada!"
Umas palavras tão confortadoras que, às vezes, entre outros e-mails, eu vou lá no fundo da minha caixa e as cato que é pra o modo de eu me lembrar que prazeres fraternos existem, que hostilidade vã não reina no meu universo, que eu preciso aprender a lidar com cupins que se acham traças - aqueles que tomam a voz de vários, ou pensam (seria melhor dizer "acreditam") que sempre já sabem. Em suma, preciso voltar à prática de exercícios estóicos como guia de sobrevivência na selva de egos petrificados.